sexta-feira, novembro 23, 2007

(in)politicamente correto.

Sei que já é um assunto um tanto quanto "démodé" - o brasileiro só se lembra do fulano que "comeu" ciclana, da beltrana que traiu fulano - e repetitivo, mas há vários dias cá estou eu com meus botões pensando qual seria a melhor definição pr'um país "politicamente subdesenvolvido" (para não utilizar outra expressão) em que a impunidade dos membros das classes dirigentes cresce cada vez mais. Na sobrevivência dos que integram nosso Senado vejo a confirmação de impunidade. A corrupção política que começou já no "descobrimento" não tem fim mesmo. Temos um grande babaca no poder, e grandes babacas sendo manipulados. Mas não tem como. Enquanto não houver uma mudança na educação, na base do Brasil pessoas como Luiz Inácio continuarão no poder. Collor por "menos" que Lula saiu por impeachment... Roubalheira, favorecimentos, hipocrisia eleitoral, estou farta. O que é feito do Brasil? Aliás, o que é feito PELO Brasil? A "nossa voz" lá no Senado, o que planejam pra nós? A impunidade vai além. Está na cabeça de cada ser que habita esse país. Renan Calheiros "arranja" uma amante gostosona, é imbecil - não sabe nem usar camisinha - tem uma filha e vira estrela, sai abafando (e roubando!). Enquanto o Sr. Calheiros enriquece as nossas custas, cruzamos os braços e deixamos que saia ileso. Mas se pensarmos que na ditadura militar (1964 à 1985), haviam tantos manifestos, tantos jovens iam para as ruas reivindicar o que lhes era direito em uma época em que a manipulação da opinião pública, perseguições, demissões compulsórias, censura, torturas e assassinatos eram fatídicos. E hoje, que é tudo tão fácil, tão "moderno" ninguém faz nada, ninguém se move para reivindicar a podridão, a massa fétida que nos representam. A ética e o caráter foram perdidos no espaço, as pessoas, seus desejos e ambições são jogados no lixo por essa tal "classe dirigente". A saúde, a educação, a infra-estrutura brasileira vão de mal a pior e as grandes transações de dinheiro - dinheiro este que vai pra todo lugar menos para uma benfeitoria no nosso país - só ascendem. Vivemos n'um espaço caótico. Ainda podemos (e devemos!) retirar a escumalha do poder. Renan e seus quarenta, Lula e seus milhões (leia no duplo sentido), já sambaram de mais. O ditado "sou brasileiro e não desisto nunca" me soa falso, já que pelo visto, nós desistimos há muito do nosso Brasil. Vamos tirar a raiva e a indignação do papel. Já é hora de dar um basta e restaurar a dignidade política.

Um comentário:

Anônimo disse...

O problema de hoje é que todo mundo pensa em sí.
Antigamente o povo era mais solidario, enchergava que ajudar o povo era a forma correta de se viver.
Uma coisa é certa. Quando alguém é jogado contra a parede ele tenta se defender, agora quando tudo tá livre ele prefere a preguiça.
isso vale pra ditadura.